Oslo - Parte I

Aceito o convite do marido fomos conhecer a Noruega. Desta vez pelo mar a bordo de um navio vislumbrando a paisagem e desfrutando das atrações que um passeio como este pode nos oferecer.Como já comentei viajar pelo mar nunca me animou pelo medo que sempre foi maior. Mas fui.

Tenho comigo a certeza que devo aproveitar as oportunidades que surgirem pois estar aqui é uma situação única diante do que ainda tenho por viver.

quando pequenos acreditamos que as coisas são maiores do que parecem ser.....

(Bia já em terras norueguesas, maio de 2010)

O pacote é acessível e atraente mas se optarmos por um pouco mais de luxo os preços serão outros. A alimentação fica à gosto do freguês e claro que com valor acrescido a hospedagem, vale a pena! Para as crianças há uma programação a bordo com direito a piscinas- aquecidas, playgrounds, cinema, competições, caça ao tesouro, concurso de danças, prêmios, uso de internet entre outros. Já para os adultos diferentes bares com bandas, saunas, piscinas, hidro, cinema, e um free shopping de brilhar os olhos.

enquanto Laurinha dormia no carrinho, do sofá a Bia nos fotografava aproveitando a música ...

Porém nada do que é oferecido se compara a admirar do piso superior a paisagem que é de arrepiar, o movimento das águas quando o navio passa deixando seu rastro e marcando pra sempre a nossa história.....

Antes da viagem buscamos informações sobre os pontos mais importantes a conhecer no país já que não teríamos muito tempo em Oslo. O navio aponta na capital às 9h30 retornando à Dinamarca às 5 da tarde. Fizemos um “sightseeing” parando em alguns dos pontos turísticos da cidade. O primeiro deles foi ao “Parque Vigeland” (que conto hoje) com 32 hectares de puro verde conhecendo algumas das 212 esculturas - peladas- de Gustav Vigeland (escultor norueguês) feitas em bronze, ferro e granito. Peladas mesmo, sem nenhuma folhinha, sem plumas e sem paetes...O parque é frequentado por pessoas de diferentes idades pois além da arte que habita aquele lugar, o mesmo oferece um amplo e inesgotável verde , excelente para piqueniques além de playgrounds para as crianças.

(Beatriz e Laura, Parque Vigeland, Olso, maio de 2010)

Entre as estátuas do Parque não faltam crianças, adolescentes, adultos e idosos que, embora estejam como vieram ao mundo, revelam o clima do autor que parece ser absolutamente familiar. Vê-se o pai carregando o nenê no colo, crianças brincando com a mãe, o avô e a avó numa terna conversa, um único senão ( ou se sim): estão peladões...ehhhhhh

Bem no centro do parque há um “monolito” de 17 metros de altura onde 121 figuras nuas se misturam. É curioso principalmente para as crianças (Bia e Laura fizeram milhões de perguntas) observarem as pessoas assim nesta situação, exatamente como vieram ao mundo.

Embora o parque não apresente nada que deponha à moral, Gustav era considerado pelos amigos um aficionado pelo sexo. Li ainda que os traços de seus esboços revelavam uma sexualidade brutal, algo quase beirando a sugestão de estupro.

Outra interpretação desta pseudo violência para aqueles anos de recato e pureza talvez fosse o fato do artista colocar homem e mulher em pé de igualdade. Mulher era sexuada e dominante, um misto de dar prazer e fazer sofrer. Talvez reflexo de sua própria vida, pois Gustav, casado, pai de duas crianças, encontrou numa menina de dezessete anos sua musa inspiradora, uma melhor amante e a modelo ideal de suas obras.

Com esta garota, manteve um romance durante anos sem nunca ter se separado da esposa. Dentro de tanta “sacanagem”, o parque nada tem de pornográfico e quem vai lá, sente que ali a nudez é só poesia....

Espero que apreciem as fotos,

Abraços,

Françoise